Organizada pela Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (Saam), uma primeira apresentação da proposta de remodelagem do sistema de transporte coletivo de passageiros da Região Metropolitana de Porto Alegre foi realizada na manhã desta segunda-feira (1/7), no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), na capital.
O encontro reuniu o governador Eduardo Leite, o secretário da Saam, Agostinho Meirelles, o superintendente da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), Rodrigo Schnitzer, e representantes dos 34 municípios integrantes e outros órgãos públicos que têm interface com o sistema.
Através da Metroplan, a Saam está desenvolvendo o Plano de Gestão do Sistema Estadual de Transporte Coletivo Metropolitano de Passageiros. Com prazo de conclusão previsto para dezembro deste ano, o estudo dará subsídios e indicará os critérios para a futura licitação das concessões que envolvem o transporte na região. Conforme Meirelles, o objetivo é lançá-las no início de 2020.
“Mais do que atender a uma obrigação formal e legal de licitar o sistema, esta é uma oportunidade de qualificarmos a prestação de serviços, integrando os municípios e os diferentes modais, reduzindo tempo gasto com deslocamento, oferecendo um preço justo e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida de todos os que usam ou não o transporte público”, destacou o governador.
Os estudos, iniciados em 2018, estão sendo desenvolvidos pela empresa Logit Engenharia Consultiva Ltda, e incluem pesquisas junto aos usuários, definindo modelos geoespacial, operacional, institucional, de gestão e controle, de bilhetagem eletrônica e tecnologias aplicadas, tarifário, de gestão e de ação. Conforme Meirelles, esse planejamento servirá como um marco regulatório para a licitação das concessões dos serviços de transporte metropolitano.
“Além de qualificar o sistema já existente, queremos incluir novos modais, como o ferroviário e o hidroviário, integrando todos eles e os diferentes municípios”, afirmou o secretário da Saam.
Nesta segunda-feira, a Logit apresentou os primeiros resultados do levantamento, como volume de passageiros, velocidade de deslocamento e custos, e algumas conclusões, como sobreposição de linhas, custo elevado, queda de demanda, entre outras, além de sugestões de melhorias.
“A participação de todos os atores, União, Estado e municípios é fundamental para que os usuários tenham um transporte eficaz, qualificado e com preço justo”, afirmou Schnitzer. Conforme o superintendente, o trabalho segue com a discussão do assunto e construção conjunta do planejamento.
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A Fundação busca, assim, não apenas cumprir com a responsabilidade em propor a licitação do transporte público coletivo metropolitano de passageiro, mas exercer, com transparência e participação de todos os municípios, a sua obrigação de promover um transporte de qualidade, eficiente, moderno e planejado que respeite o interesse público e a comunidade a que serve.
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