Proposta para aeroporto metropolitano é apresentada em reunião do CDM

Na tarde desta quarta-feira (06), aconteceu na Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) a sexta reunião da diretoria executiva do Conselho Deliberativo Metropolitano (CDM). Entre os temas postos desenvolvidos, estava o projeto da ERS- 010, o aeroporto e o bilhete único.

O presidente do CDM e prefeito de Canoas, Jairo Jorge, iniciou o ato apresentando aos conselheiros a situação do projeto da rodovia ERS - 010. Segundo o gestor, foi entregue ao governo do Estado, por meio do secretário de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Mota, as questões que foram apontadas em audiência. Dentre elas, estavam estudos de previsão da garantia de tráfego, a existência de um estudo de demanda, o custo das desapropriações no local de implantação, a busca por recursos federais, o impacto na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) e a proposta de expansão no entorno da rodovia. Ao longo da reunião, foi entregue ao presidente, pelo secretário de Planejamento Urbano de Sapiranga, Carlos Maurício Regla, a proposta de alteração de rota da rodovia.

Com relação ao aeroporto metropolitano, tema já discutido em outras reuniões da diretoria, foi apresentado pelo diretor de Departamento Aeroportuário do Estado, Roberto Barbosa de Carvalho Neto, a iniciativa elaborada sobre as condições atuais do Aeroporto Internacional Salgado Filho e a possibilidade da implantação de um novo na RMPA. Uma das justificativas apontada pelo diretor para a inviabilidade de manter o Salgado Filho foi o aumento do número de passageiros e a previsão de maior ampliação para os próximos dez anos. Além disso, a única pista disponibilizada para pousos e decolagens não suportaria tamanha demanda. “Não se concebe aeroporto internacional com uma pista só”, afirmou o diretor.

A proposta apresentada ainda está em processo de desenvolvimento, porém algumas especificações já puderam ser apresentadas por Neto. Entre as classificações, o futuro aeroporto deverá ser de grande porte, possuir interesse federal e ter função internacional. Além disso, deverá ter capacidade para suportar aeronaves grandes, como Boing 747-800 e Airbus 380. No mínimo duas pistas serão exigidas, mas com a possibilidade de ampliar o número. Terminais para 20 milhões de passageiros ao ano e terminal de cargas com capacidade mínima de 50 milhões de toneladas ao ano. Além disso, deverá realizar a operação de vôo por instrumento de previsão Categoria II e ser localizado em um espaço de fácil acesso rodoviário e, se possível, ferroviário, com distância máxima de 50 km via expressa da capital.

A sugestão da área indicada pelo Grupo 20 de Setembro foi entre os municípios de Portão e Nova Santa Rita, pois além de ser 33 km de distância da capital – 13 km pela Rodovia do Parque –, o lugar teria o espaço de 2.500 hectares para a construção do aeroporto. Ao fim da reunião, o projeto do bilhete único foi abordado brevemente com um parecer da Metroplan sobre o andamento. Segundo o diretor de Incentivo ao Desenvolvimento, Ricardo Hamerski Cezar, o projeto esbarrou em algumas questões e precisou ser revisado.