Metroplan presente na palestra 'O RIO GRANDE SAIU NA FRENTE', do governador do estado

As ações para o reequilíbrio financeiro e as medidas para modernização do Estado foram os temas da palestra 'O Rio Grande saiu na frente', do governador José Ivo Sartori, nesta terça-feira (8), no Almoçando com a Acigra (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí). O Superientendente da Metroplan, Pedro Bisch Neto, e o diretor de Gestão Teritorial. Márcio Barcellos, estiveram presentes. Para um público de aproximadamente 250 pessoas, na maioria empresários, o governador afirmou que o "Estado não pode atrapalhar os empreendedores".

Como exemplo, citou o anúncio do investimento de R$ 1,4 bilhão pela General Motors (GM), para modernizar o Complexo Automotivo de Gravataí. "O poder público precisa ser um articulador e estimulador do desenvolvimento. O Rio Grande do Sul está em uma posição estratégica, principalmente para abertura de novos mercados no Mercosul", afirmou.

Entre as ações que beneficiam os empresários e a iniciativa privada como um todo, Sartori citou a agilidade nos processos de licenciamentos e a Junta Digital que "reduz tempo, burocracia e agiliza processos". Falou também dos avanços digitais do governo, como a nova delegacia online, os serviços digitais do Tudo Fácil, o aplicativo da Corsan, o site Dados Abertos e o Portal da Transparência.

O governador também lembrou que o Rio Grande do Sul saiu na frente de outros estados no enfrentamento da crise, cortando gastos, contingenciando recursos e lançando o Plano de Modernização. "Para colocar o Rio Grande nos trilhos temos três objetivos: modernizar o Estado, promover o crescimento e servir às pessoas, prestando bons serviços à população", ressaltou.

Segundo Sartori, no início do governo o déficit projetado para 2018 era de R$ 25,5 bilhões. "Com as medidas adotadas para o equilíbrio das contas públicas, o déficit poderia chegar a R$ 8,8 bilhões, mas com a retração da economia, nós devemos chegar ao final de 2018 com um déficit de R$ 10 bilhões", acrescentou.

O presidente da Acigra, Régis Marques Gomes, elogiou o trabalho do governador e sua equipe na busca de alternativas para promover o desenvolvimento, gerar empregos e renda no Estado. "Não há solução mágica. Acreditamos que é preciso muita determinação e atitude. Queremos que o Rio Grande do Sul volte a ser pujante", falou.

O prefeito de Gravataí, Marco Alba, disse que o governo do Estado está realmente num momento de travessia para a construção de um modelo eficiente para a prestação de serviços essenciais como Saúde, Educação e Segurança. "Através da união de todos vamos redefinir o papel do Estado para que ele seja justo e útil para a população", concluiu.

Cenário político e econômico

Sartori enfatizou que o país passa hoje por uma instabilidade política e econômica e por uma crise nas instituições. "Tenho 40 anos de vida pública e nunca vi uma crise econômica como a que vivemos no nosso país hoje". E afirmou que o enfrentamento da crise é uma "pauta positiva".

"É preciso coragem, transparência e quebrar paradigmas para termos um país e um Estado melhor. E aqui cito a transferência de 27 presos para presídios federais, com a ajuda de todas as instituições da Segurança. Essa operação é a primeira vez que acontece no Rio Grande do Sul", afirmou.

Atender quem mais precisa

Os programas e ações que contribuem para a inclusão social também foram lembrados por Sartori. "Na Educação, destinamos mais de R$ 40 milhões para recuperar as escolas estaduais. Também tem as Cipaves, presentes em 2,2 mil instituições de ensino, que está mudando a realidade escolar".

Na área da Segurança, o governador mencionou a "qualificação e o fortalecimento do trabalho" permanente, prioritário e integrado, assim como o aumento  do orçamento da Segurança em 19% este ano.

Momento de travessia

Sartori citou os grandes potenciais do Estado, como a força do agronegócio e os 27 polos tecnológicos, além do Rio Grande do Sul ser o segundo maior polo petroquímico do Brasil, o maior polo moveleiro e o segundo polo metal mecânico da América Latina. "Estamos trabalhando pelos mais de 11,3 milhões de gaúchos e gaúchas. Temos fé no futuro. Nossa esperança é concreta, é real, é transformadora", declarou.

O governador também defendeu que é preciso "rever o Pacto Federativo", com uma melhor distribuição dos recursos federais.