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23 de novembro de 2024

Metroplan sedia encontro técnico sobre Planejamento e Gestão Urbana

Publicação 20.10.2014 às 12:10

Fonte: João Pedro Zettermann/ Evelyn Heinrich com supervisão - Coordenação de Comunicação
Arquiteto Espanhol participou de evento realizado na sede da fundação
Arquiteto Espanhol participou de evento realizado na sede da fundação
João Pedro Zettermann / Metroplan

 

 

A Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional realizou, nesta segunda-feira (20/10), em parceria com a Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, o encontro “Diálogo Técnico Sobre Conceitos e Instrumentos Básicos de Planejamento e Gestão Urbana”. O evento contou com a participação do arquiteto espanhol Josep Maria Llop Torné, diretor do programa da Unión Internacional de Arquitectos “ciudades intermédias y urbanización mundial”, Cátedra da Unesco para cidades de porte médio e professor da Universidade de Lleida, na Catalunha. Josep falou sobre os projetos urbanos que foram feitos na cidade de Barcelona e como algumas técnicas podem ser usadas para melhorar a mobilidade urbana.

 

De acordo com a atual gestão da Metroplan, a Fundação deve ser um espaço para debate e aperfeiçoamento técnico. Além da participação de técnicos e arquitetos da Metroplan, representantes das universidades UFRGS, PUCRS, Uniritter e Unisinos participaram do evento.

 

 

A comunicação da Metroplan entrevistou o arquiteto Josep Maria Llop Torné, diretor da Unión Internacional de los Arquitectos (UIA) e professor da Universidade de Lleida, na Catalunha. Torné apresentou aos  técnicos s conceitos e instrumentos básicos de planejamento e gestão urbana. Na entrevista, o professor falou sobre o estudo que conduziu junto ao grupo de arquitetos, intitulado “Ciudades Intermedias y Urbanización Mundial”.

 

 - O que é o Programa UIA-CIMES?

O programa UIA-CIMES é uma linha de trabalho, da UIA ou Nação Internacional dos Arquitetos que eu dirijo. Em contato com uma rede de profissionais da cidade em todo o mundo. Além disso, desde o ano 2008 esse grupo ou rede foi considerado como Cátedra UNESCO pela Direção de Educação Superior da UNESCO, em Paris. Além da rede hoje, nestes trabalhos, nos acompanham oito universidades.

 

- Qual o objetivo do trabalho “Ciudades Intermedias y Urbanización Mundial”?

O objetivo principal do trabalho sobre as cidades intermediárias é colocar em valor esta escala de cidades, para que a urbanização mundial seja melhor. Uma vez que são áreas mais urbanas de 50 mil habitantes, existem cerca de 10 mil em todo o mundo, mas é que hoje 62% da população urbana do mundo vivem em cidades de menos de 1 milhão  de habitantes. Além disso, só havia 442 cidades de mais de 1 milhão em 2010, quando já havia umas 3.647 de mais de 10 mil habitantes.

 

- Quais conclusões importantes foram possíveis tirar deste estudo?

As questões mais importantes do estudo e do trabalho em rede que posso destacar são as seguintes:

1- Os valores das escalas intermediárias, das funções e do rol de intermediação são contribuições que melhoram os conhecimentos e os métodos de governo urbano. Para que a urbanização gere desenvolvimento, ou seja, riqueza e uma melhor distribuição da mesma.

2 – Além disso, estamos produzindo em três linhas ou níveis de trabalho e propostas para materializar resultados nos três itens antes citados.

a)Publicações científicas e/ou acadêmicas para definir melhor esse novo paradigma de urbanização intermediação

b)Colaborar com UCLG (United Cities and Local Governments) em um grupo de trabalho sobre “Ciudades intermedias”.

c) Colaborar com ONU-HABITAT e outras entidades na difusão de um – método de planificação de base – plano com um único plano. Urbanismo do tipo simples e claro, que permita ampliar a participação das pessoas em entender e em melhorar o plano de suas cidades, para que a proposta do “slum upgrading” (urbanização de favelas) permita além de “city upgrading” (modernização das cidades).

 

- Que contribuições (o estudo) pode dar às cidades brasileiras, especificamente as gaúchas?

As cidades de seu entorno podem estar dentro do conceito ou de paradigma de “cidades intermediárias”e também podem participar, como tal em alguma das 3 linhas ou níveis de trabalho – Incorporando em cada uma os atores correspondentes: universidade, administração local ou regional e também profissionais (a, b e c, respectivamente).

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