Publicação 25.09.2013 às 01:09
Uma pesquisa revelou que 70% dos habitantes de Porto Alegre julgam que a maior dificuldade é em relação ao trânsito e o transporte. Os dados foram apresentados pelo Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), durante o Seminário " De olho no futuro: como estará Porto Alegre daqui a 25 anos?". Nas últimas décadas, a cidade passou por um crescimento desordenado, recebendo uma demanda muito maior do que pode suportar. Para o prefeito em exercício, Sebastião Melo, “em determinada região existe boa qualidade de vida e faltam condições mínimas, como luz elétrica, em algumas cidades vizinhas”. O encontro que reuniu especialistas, abordou a infraestrutura da capital nos últimos 25 anos e o planejamento futuro, levando em conta a mobilidade urbana, saneamento e licitação.
O Secretário de Obras, Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano, Luiz Carlos Busato, reforçou que a sustentabilidade é o diferencial competitivo para atrair investimentos. Busato destaca que " a metrópole que queremos precisa ser planejada através de uma região metropolitana sustentável". O diretor superintendente da Metroplan, Oscar Escher, completa que é necessário quebrar muros políticos para qualificar os centros urbanos e criar uma integração da Capital com a Região Metropolitana. De acordo com Escher, inúmeras linhas do transporte metropolitano circulam pela Capital vindo de cidades vizinhas e causam um grande “emaranhado totalmente irracional”, uma vez que os coletivos chegam e partem vazios do centro da cidade . A Secretaria de Obras e a Metroplan estão investindo no projeto de bilhetagem única que faz parte do plano integrado de transporte e mobilidade urbana. Está previsto para 2014 a implantação da bilhetagem eletrônica que pretende organizar e racionalizar o sistema de transporte entre os modais.
A necessidade para o futuro de Porto Alegre é o planejamento urbano responsável, com gestão democratizada, uma cidade descentralizada e de combate a exclusão social, defendeu o Secretário de Urbanismo de Porto Alegre Cristiano Tatsch. “É pensar global e agir local, o planejamento urbano é uma questão técnica, é necessário pensar a cidade descobrindo seu valor econômico e a partir daí planejar seu futuro", afirmou o secretário da SMURB.
Rádio Guaíba
Sinaenco projeta quase um veículo por habitante na Região Metropolitana em 25 anos
Frota atual de Porto Alegre registra marca de 2,76 carros por habitante
O Sindicato Nacional dos Arquitetos e Engenheiros do RS com base em dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) projeta que em 25 anos a Região Metropolitana de Porto Alegre terá 3 milhões de automóveis para uma população de 3,8 milhões de pessoas. Na última década, o número de veículos na Grande Porto Alegre registrou um crescimento maior que 80% em sua frota de veículos. Para o presidente do Sinaenco, Edgard Cândia, somente o investimento em transporte de massa com qualidade de serviçoi vai mudar a realidade dos congestionamentos na cidade.
"O Brasil perdeu muito tempo com a falta de planejamento e investimento. Porto Alegre está dentro deste contexto. Embora nossa capital tenha 12 vias radiais e três perimetrais, o número crescente de veículos a cada ano emplacados em Porto Alegre, somado ao fato de que contamos com inúmeras ruas estreitas, inadequadas para o volume de tráfego, e muitas delas com pavimentação de baixa qualidade, os congestionamentos aumentaram extraordinariamente nos últimos anos, tornando-se um fator de piora da qualidade de vida”, explicou Cândia.
Estudos para ampliação do Trensurb, em Sapiranga, já estão em andamento, bem como a implantação do Aeromóvel em Canoas. O superintendente da Metroplan, Oscar Escher, destacou a necessidade de investimentos em outros modais para a desconcentração da dependência do meio rodoviário na Região Metropolitana. "O sistema aquaviário será ampliado na bacia do Guaíba para explorarmos também os afluentes. Precisamos criar a cultura desse transporte", afirmou.
Pesquisa do Sinanenco apontou que 70% dos entrevistados apontaram a mobilidade urbana como a mais impactante na vida de Porto Alegre. A Capita concentra a maior frota estadual e metropolitana, mas vem perdendo participação. Na relação com os demais municípios, Porto Alegre passou de 18,21% em 2008 para 16,22% em 2012. O índice de motorização está crescendo mais rápido fora de Porto Alegre, o que significa a exportação dos problemas de congestionamento de trânsito para outras cidades. O seminário "De Olho no Futuro. Como estará Porto Alegre em 25 anos" também terá debates sobre os temas Sustentabilidade, Planejamento de Longo Prazo, Mobilidade e Habitação e Saneamento.
Ouça áudio de Oscar Escher
Rádio Guaíba - Confira a reportagem
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